Geografia Aluno José
Geografia
Habilidades
(EF05GE01)Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura. Diferenças étnico-racionais e étnico-culturais e desigualdades sociais.
(EF05GE02) Identificar diferenças étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios.
Objetivo de aprendizagem
-Compreender que migração é o deslocamento de pessoas nos lugares e que esse processo ocorre a partir de diferentes motivações;
-Distinguir as noções de migração e imigração;
-Reconhecer razões que promovem o fenômeno da migração interna no Brasil;
-Refletir sobre os aspectos que contribuem para a atração populacional;
Refletir sobre os aspectos que influenciam na saída da população de uma área;
-Conhecer um pouco
sobre os grupos sem-terra;
-Perceber os
problemas que geram o desemprego;
-Observar os
principais fatores que acentuam a desigualdade social em nosso país;
-Apontar possíveis
formas de diminuir a desigualdade social.
*As habilidades e objetivos não devem ser copiados no caderno, não esqueça de deixar o seu nome no comentário.
(Copiar o texto abaixo no caderno de geografia)
Reforma Agrária
Reforma agrária é
o termo utilizado para designar a redistribuição
fundiária (agrária ou de terras) em um Estado. Quando há a
concentração de terras nas mãos de uma pessoa ou poucas pessoas, temos a
formação dos latifúndios (grandes propriedades de terra que, por sua extensão,
não são devida e completamente exploradas).
Os latifúndios fazem com que a terra não tenha seu valor social
cumprido e acarretam a desigualdade social ao servirem apenas como fonte de enriquecimento para
especuladores de imóveis. A reforma agrária visa, em sua essência, a uma
distribuição fundiária mais justa que contemple os agricultores menores e menos poderosos,
que, em geral, praticam a agricultura e a pecuária familiar.
História da
reforma agrária no Brasil
A concentração fundiária no
Brasil teve início em 1530, com a formação das capitanias hereditárias, que eram faixas de terras brasileiras, e sua doação aos capitães
donatários. Os capitães tinham a missão de colonizar o território e produzir
nele, e tinham, como contrapartida, que pagar o equivalente a um sexto da
produção em impostos à Coroa Portuguesa.
No princípio eram
apenas 14 as capitanias hereditárias, distribuídas a homens que tinham
condições de produzir em terras brasileiras. No entanto, o sistema de
colonização não deu certo. Alguns capitães donatários desistiram da atuação ou
não quiseram arcar com os altos custos de viagem e produção em terras
brasileiras. Ainda assim o território estava concentrado nas mãos de poucos.
A partir da independência do Brasil, em 1822, as terras passam a ser geridas por aqueles que tinham
maior poder econômico e político. A nobreza
e a alta burguesia continuaram detentoras da maior parte
das terras, o que resultou num sistema desigual baseado no latifúndio e
existente até os dias atuais.
Após 1850 foi
implantada a Lei de Terras, que resultou em práticas de apropriação e anexação de terras por grandes
proprietários via falsificação de documentos de escrituração imobiliária
(prática conhecida como grilagem de terras). Em outros países capitalistas, a
concentração fundiária foi eliminada ou reduzida como maneira de estimular a
produção capitalista liberal. No Brasil, no entanto, a concentração fundiária
ainda perdura.
O MST é a maior entidade de luta pela reforma agrária no Brasil.
Em 1984, após uma série de duras lutas
de camponeses contra a concentração fundiária no Brasil em plena Ditadura Militar, surgiu um movimento unificado pela reforma agrária chamado Movimento dos Sem Terra (MST).
O movimento teve apoio de setores organizados da sociedade civil e de partidos
de esquerda, além do apoio posterior de entidades internacionais.
(recorte e cole no
caderno de geografia)
Prós e contras da reforma agrária
A princípio a reforma agrária é uma ação necessária em
um país de práticas de concentração fundiária. Quando a reforma é bem
planejada, estruturada e executada, os benefícios podem ser notados pela
população. Em um sistema capitalista liberal ou em um sistema socialista de
governo e economia, há o entendimento de que a desigualdade social não
permite o bom desenvolvimento econômico da população. Além disso, há o
entendimento de que a
terra tem um valor social que deve ser respeitado para
que haja democracia e de que todos possam usufruir dos bens propiciados por
ela. Não obstante, uma reforma agrária
mal estruturada pode resultar na perpetuação, e até no acirramento da
desigualdade social, quando cria mecanismos que não permitem a aquisição de
pequenas propriedades por parte dos pequenos produtores agrícolas. |
Comentários
Postar um comentário